A vida de Luiz
Gonzaga, rei do baião, contada em versos.
Erlúcia Loiola.
Quando Luiz Gonzaga Nasceu
Animou o sertão inteiro
Foi alegria para seus pais
Que eram típicos brasileiros
sua mãe agricultora e dona de casa
Seu pai agricultor e sanfoneiro
Luiz Gonzaga crescia
Pelos sertões nordestinos
Em 1930
Já não era mais menino
Então entrou no exército
Para cumprir seu destino
Andou por todo Brasil
Tocando sua sanfona
teve que passar o chapéu
Porém não tinha vergonha
Pois sentia de sua terra
Uma saudade medonha
Fez programa de rádio
sem ser reconhecido
Gravou música com amigos
como vaqueiro vestido
Mas sempre querendo voltar
pro lugar que tinha nascido
O sertanejo é um forte
Que trabalha com amor
Planta de tudo um pouco
E aproveita o sabor
só não gosta de ficar
devendo nenhum favor
quando havia inverno bom
Nem pensavam em ir pro sul
Felizes em sua terra
Ficava a mata verde o Céu azul
todos iam vender a safra
na feira de Caruaru
Luiz Gonzaga viveu
Andando pelo Brasil inteiro
Não importava se era lento
Ou então muito ligeiro
Mas tudo que ele queria
Era ver o gado leiteiro
Gostava de ver o gado
Ir para o roçado pastar
Achava lindo o vaqueiro
Tangendo-a aboiar
Lá de dentro a meninada
Corria pra vir olhar
Luiz Gonzaga cantava
As coisas do seu torrão
Os problemas da seca
Que assolava o sertão
Mas ele também cantava
As coisas do coração
A seca aterrorizava
A vida do agricultor
Que perdia tudo que tinha
Mas não perdia o valor
Partia para o sudeste
Fazendo grande clamor
Quanto maior o sofrimento
Mais aumentava sua fé
Rezava pedia a Deus
Ajoelhado ou em pé
Juntava toda família
Homem menino e mulher
O agricultor do nordeste
Nunca perde a lembrança
Entrega na mão de Deus
Em quem está sua esperança
E de lhe pedir a chuva
O homem nunca se cansa
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